Tó Luís surgiu na I Liga pela mão da Académica, mudou-se para o Boavista, foi indiscutível no Rio Ave, e ainda defendeu a baliza do D. Aves no maior escalão do futebol nacional.
Guarda-redes de qualidade que passou pelo nosso campeonato na década de 90, Tó Luís tinha no cabelo comprido uma das suas imagens de marca.
Quis o destino que se estreasse na I Liga no Estádio dos Arcos, em Vila do Conde, o mesmo estádio onde viria a afirmar-se em definitivo entre "os grandes" do nosso futebol, ao serviço do clube vilacondense - 94 jogos em três épocas pelo Rio Ave.
Antes de se mudar para a Vila das Aves, chegou a ser dado como reforço do Vitesse, e foi apontado à Seleção portuguesa, hipóteses que nunca se concretizaram.
Aos 48 anos é treinador de guarda-redes do histórico Salgueiros, já depois de ter tido experiência semelhante ao serviço do Boavista.
Prémio Carreira: Estreou-se na I Liga, pela Académica, na época 86/87. Recorda-se do estádio onde fez a sua estreia?
Tó Luís: Sim, foi no Estádio dos Arcos, em Vila do Conde.
PC: Que memórias tem desse jogo?
TL: Era um miúdo com muitos sonhos, tal como tantos outros, e entrar em campo com aquele equipamento vestido foi um orgulho. Essa é a maior recordação que tenho.
PC: Acabou por se firmar como titular indiscutível da Briosa na II Liga, e daí saltou para o Boavista. A Académica foi o clube mais importante da sua carreira, não só pela formação que lhe deu, mas, principalmente, por ter apostado em si?
TL: Sem dúvida que a Académica foi muito importante na minha carreira, mas também não me posso esquecer dos outros clubes por onde passei.
PC: No Boavista ganhou uma Taça de Portugal. Como descreve esse momento?
TL: Foi um momento também ele muito importante para mim, pois apesar de não ter jogado, fiz parte dessa equipa maravilhosa.
PC: Após quatro épocas no Bessa, saiu para o Rio Ave. Porquê esta decisão?
TL: Tive quatro épocas no Boavista, em que umas correram melhor que outras, pois tive sempre a concorrência de um Guarda-Redes com muito peso no clube. Mas, mesmo assim, consegui fazer uma época toda como titular e, tirando o primeiro ano que tive uma lesão grave no primeiro jogo do campeonato, praticamente fiz sempre alguns jogos. Depois, com a vinda do Mário Reis, achei por bem tentar continuar a minha carreira noutro clube e foi aí que apareceu o Rio Ave.
PC: O Rio Ave acabou por ser o clube que lhe deu a "grande" oportunidade de se afirmar na I Liga?
PC: Que memórias tem desse jogo?
TL: Era um miúdo com muitos sonhos, tal como tantos outros, e entrar em campo com aquele equipamento vestido foi um orgulho. Essa é a maior recordação que tenho.
PC: Acabou por se firmar como titular indiscutível da Briosa na II Liga, e daí saltou para o Boavista. A Académica foi o clube mais importante da sua carreira, não só pela formação que lhe deu, mas, principalmente, por ter apostado em si?
TL: Sem dúvida que a Académica foi muito importante na minha carreira, mas também não me posso esquecer dos outros clubes por onde passei.
PC: No Boavista ganhou uma Taça de Portugal. Como descreve esse momento?
TL: Foi um momento também ele muito importante para mim, pois apesar de não ter jogado, fiz parte dessa equipa maravilhosa.
PC: Após quatro épocas no Bessa, saiu para o Rio Ave. Porquê esta decisão?
TL: Tive quatro épocas no Boavista, em que umas correram melhor que outras, pois tive sempre a concorrência de um Guarda-Redes com muito peso no clube. Mas, mesmo assim, consegui fazer uma época toda como titular e, tirando o primeiro ano que tive uma lesão grave no primeiro jogo do campeonato, praticamente fiz sempre alguns jogos. Depois, com a vinda do Mário Reis, achei por bem tentar continuar a minha carreira noutro clube e foi aí que apareceu o Rio Ave.
PC: O Rio Ave acabou por ser o clube que lhe deu a "grande" oportunidade de se afirmar na I Liga?
TL: Em certa parte sim. Mas eu acho que a minha afirmação foi no Boavista, só não foi tão notada porque sempre associaram o "dono da baliza" ao Alfredo. Mas no ano em que joguei quase todos os jogos, atingimos as competições europeias e fomos a terceira defesa menos batida do campeonato. Acho que nesse ano é que foi a minha afirmação. Depois, só foi realmente a confirmação da qualidade do Tó Luís.
PC: Quando saiu do Rio Ave, antes de assinar pelo Aves, esteve para jogar no Vitesse da Holanda. O que falhou?
TL: Sim, na altura tive um convite do Vitesse, que só não se concretizou porque o empresário, cujo nome não vou dizer, comunicou-me que ia ganhar um valor e, depois, quando estava para ir fazer os testes médicos, ele começou a falar de outros valores. Eu aí disse logo que ficava sem efeito, e foi quando optei pelo convite do D. Aves.
PC: Em 2000, a Imprensa apontou-o como possível escolhido para a Seleção por causa da lesão de Vítor Baía, mas nunca foi convocado. Chegou, realmente, a ser alguma vez contactado pelos responsáveis da FPF?
TL: É verdade que na altura falou-se nessa possibilidade, o que me deixou muito orgulhoso, mas só soube disso por pessoas ligadas ao clube que estava a representar. Da parte da Federação nunca ninguém me contactou.
PC: Essa foi a maior mágoa da sua carreira?
TL: Claro que qualquer jogador português sonha em representar o seu País e, eu também sonhava, mas a vida é feita destas coisas: umas vezes conseguimos atingir os nossos objectivos e outras não.
PC: Das onze épocas na I Liga qual destaca como a sua melhor?
TL: Sem dúvida aquela pelo Boavista em que atingimos o objectivo de nos qualificarmos para as competições europeias, a faltar quatro ou cinco jornadas para terminar o campeonato - 95/96. Também destaco as primeiras duas que fiz no Rio Ave. Mas considero que todas tiveram a sua importância porque uma carreira só se constrói com momentos bons e momentos menos bons.
PC: Qual é o jogo na I Liga que mais memórias guarda?
TL: Tenho alguns que me ficaram marcados, mas o jogo que mais me marcou não foi por nenhuma defesa em especial, foi sim por jogar nas competições europeias, contra o Nápoles.
PC: Que avançado foi o seu "maior carrasco"?
TL: O Jardel era sempre um "grande problema", mas haviam outros como Cadete, Domingos, Nuno Gomes, até o Rui Barros, e muitos outros.
PC: Que história vivida no futebol pode/quer contar?
TL: Não me recordo de nenhuma história em particular, mas haviam sempre muitas brincadeiras no balneário, desde queimar a camisola do Litos porque era uma camisola com publicidade de uma peixaria, passando por aquela tradicional de colocar a roupa dos colegas nos chuveiros, etc.
PC: É treinador de Guarda-Redes. O futuro no futebol continua a passar por essa função ou ambiciona ter outras responsabilidades?
TL: Enquanto andar no futebol, o meu futuro passará somente por ser treinador de Guarda-Redes, porque é uma coisa que adoro fazer.
A carreira de Tó Luís, aqui.
Recorde uma das boas exibições de Tó Luís ao longo da sua carreira:
PC: Quando saiu do Rio Ave, antes de assinar pelo Aves, esteve para jogar no Vitesse da Holanda. O que falhou?
TL: Sim, na altura tive um convite do Vitesse, que só não se concretizou porque o empresário, cujo nome não vou dizer, comunicou-me que ia ganhar um valor e, depois, quando estava para ir fazer os testes médicos, ele começou a falar de outros valores. Eu aí disse logo que ficava sem efeito, e foi quando optei pelo convite do D. Aves.
PC: Em 2000, a Imprensa apontou-o como possível escolhido para a Seleção por causa da lesão de Vítor Baía, mas nunca foi convocado. Chegou, realmente, a ser alguma vez contactado pelos responsáveis da FPF?
TL: É verdade que na altura falou-se nessa possibilidade, o que me deixou muito orgulhoso, mas só soube disso por pessoas ligadas ao clube que estava a representar. Da parte da Federação nunca ninguém me contactou.
PC: Essa foi a maior mágoa da sua carreira?
TL: Claro que qualquer jogador português sonha em representar o seu País e, eu também sonhava, mas a vida é feita destas coisas: umas vezes conseguimos atingir os nossos objectivos e outras não.
PC: Das onze épocas na I Liga qual destaca como a sua melhor?
TL: Sem dúvida aquela pelo Boavista em que atingimos o objectivo de nos qualificarmos para as competições europeias, a faltar quatro ou cinco jornadas para terminar o campeonato - 95/96. Também destaco as primeiras duas que fiz no Rio Ave. Mas considero que todas tiveram a sua importância porque uma carreira só se constrói com momentos bons e momentos menos bons.
PC: Qual é o jogo na I Liga que mais memórias guarda?
TL: Tenho alguns que me ficaram marcados, mas o jogo que mais me marcou não foi por nenhuma defesa em especial, foi sim por jogar nas competições europeias, contra o Nápoles.
PC: Que avançado foi o seu "maior carrasco"?
TL: O Jardel era sempre um "grande problema", mas haviam outros como Cadete, Domingos, Nuno Gomes, até o Rui Barros, e muitos outros.
PC: Que história vivida no futebol pode/quer contar?
TL: Não me recordo de nenhuma história em particular, mas haviam sempre muitas brincadeiras no balneário, desde queimar a camisola do Litos porque era uma camisola com publicidade de uma peixaria, passando por aquela tradicional de colocar a roupa dos colegas nos chuveiros, etc.
PC: É treinador de Guarda-Redes. O futuro no futebol continua a passar por essa função ou ambiciona ter outras responsabilidades?
TL: Enquanto andar no futebol, o meu futuro passará somente por ser treinador de Guarda-Redes, porque é uma coisa que adoro fazer.
A carreira de Tó Luís, aqui.
Recorde uma das boas exibições de Tó Luís ao longo da sua carreira:
Sem comentários:
Enviar um comentário